Na continuação do post anterior e pegando no comentário que a Ale deixou, gostaria de perguntar o seguinte:
Até que ponto é que a vida pessoal de cada um pode e deve
interferir na sua vida profissional?
O caso anterior é, decerto, algo caricato por causa do mediatismo à sua volta: uma professora de literatura que nos tempo livres é actriz porno na net dá um bocado nas vistas... mas isso influencia o seu trabalho? Terá alguém o direito de despedir outro por causa da sua vida particular?
Não sei se são como eu, mas muitas vezes dou por mim a olhar para as pessoas nos balcões dos bancos, nas lojas ou até mesmo nos tribunais (e não estou a falar dos criminosos) e pergunto-me "como é que este gajo que neste momento está de fato e gravata, cara séria e comportamento exemplar se comporta fora do trabalho? Será que é como o Batman, de dia com comportamento irrepreensível e à noite veste os colans e transfigura-se? Será que aquela escriturária de óculos redondos, cabelo apanhado num tótó e meia fransinha se transforma numa escrava de bondage com calças de cabedal e molas nos mamilos? E a rapariga das fotocópias? será que quando chega a casa à noite abre os cortinados do apartamento enquanto se passeia toda nua depois de tomar um bom banho?" Porque, sejamos francos, há pessoas com esses comportamentos sexuais e não os vejo na rua de chicote na mão e máscaras de cabedal. Será que nos contratos de trabalho deveria haver uma clausula de respeito às normas morais?
Acho que não me vou alongar mais por agora.
4 comentários:
A professora do post anterior só deve ter conseguido fazer aquilo porque era em Berlim, porque em Portugal somos muito moralistas e ela era logo presa por atentado ao pudor.
À partida, não é preciso incluir uma cláusula no contracto de trabalho relacionado com as normais morais, porque isso já está implícito, uma vez que faz parte da lei portuguesa.
Lamento discordar com a Vanessa!
Num outro blog, sobre a tal noticia (ou nuticia) sobre as malucas suecas um bloguista afirmou que quando passava férias com uma amiga (que por sinal é adepta do Naturismo) num Hotel no Algarve esta se atreveu a fazer Topless na piscina. Um homemzito espanhol chamou o Director do local todo escandalizado apresentando queixa, ao qual este respondeu "usted tanpoco!..."
Ora, Portugal é um pais de moderação! Sempre foi assim!!! E apesar de haver uma grande tradição religiosa vê-se cada vez mais casos deste tipo de liberdade (vejamos os exemplos de Expo Eroticas, feiras de transformismo, ...)
para quem quer ler um pouco mais sobre a tal noticia deixo aqui o link para a pagina
Acho que essa da clausula é uma medida extremista...
Em muitas empresas existem normas e procedimentos, que desde que sejam cumpridos não haverá motivo para despedimento.
Sermos excluídos do nosso local de trabalho por causa da nossa vida particular, das nossas opções sexuais, é uma atitude de discriminação e desigualdade perante os outros.
Para mim, a vida pessoal não deve interferir na vida profissional porém, isso poderá variar de profissão para profissão. Em alguns casos, a vida pessoal pode e deve interferir na vida profissional.
Não censuro quem use a sua vida particular para fazer show-off, exibicionismo, etc., desde que respeite a opinião e o espaço dos outros.
Ah... Também já me passou essas coisas pela cabeça :) principalmente quando estou à espera naquelas filas intermináveis...
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